Poesofia

Neste verão duvidoso com sintomas de covid, no balanço da rede, tirei Apolo e Dionísio para dançar. Enquanto uma filha dormia e a outra brincava com o pai fui levada por deuses infantis a bailar por 100 páginas de poesofia. E nada do que eu conte aqui traduzirá o que é este livro. Porque ele é todo diferente, é prosa, poesia, filosofia, diálogos distraídos e atentos da vida mundana e extraordinária. Me sentei no Jardim de Epicuro (filósofo que não conhecia, e que agora quero muito ser amiga) e percorri de Heráclito, Nietzche e Marx ao trono do pequeno Dionísio e suas divagações no vaso solitário. Uma belezura de provocar amor e tirar gostosas gargalhadas.

“ olhar atento

da criança

de criança

- sabe o que o papai está fazendo?

- acordando a terra, ué! respondeu acrescentando um verso a canção”

(o dia que Apolo tirou Dionísio para dançar – Tadeu Marcato)

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