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O canto de Macabéa

  • Jessica Marzo
  • 22 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 22 de mar. de 2023

Macabéa. É nome próprio. Macabéa. É mulher.


Eita, mas que nome é esse? Macabéa ficou sem nome até um ano, esperando ser vingada. Macabéa preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem. “Mas parece que deu certo” (...) “Pois como o senhor vê, eu vinguei”.


Cabe tanto dentro de Macabéa. Li a o livro “A Hora de Estrela” no ensino médio, na época sem maturidade para a complexidade de Clarice Lispector, nem engajamento político para a crítica da obra. Nunca me esqueci de Macabéa. Ela está viva no meu imaginário há 20 anos, com cheiro, cor, textura e silêncios.


Macabéa é tão tola, sorri na rua, ninguém a olha. Um ser ínfimo, de uma alma rala. Como pode eu nunca ter me esquecido de Macabéa?


Me reencontrei com ela, dessa vez no teatro. Depois de 20 anos. Entendi porque nunca me esqueci de Macabéa.




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