As histórias de amor

Deixei meus pensamentos desarrumarem quando o vento soprou forte naquela sexta-feira. Persegui a chuva chovendo na cabeça de um homem, entrei de penetra numa festa fervida, animada que nunca terminava. Dei a mão ao menino que procurava a vontade de querer. Sofri quando Seu Erudito, pai de Aventura, Odisseia e Divina perdeu as 45.578 histórias que havia colecionado. Aprendialertudojuntinho com o pai de Luna Clara, o protagonista da primeira grande história de amor do livro.

Ah eu tinha até me esquecido como é a vida girada em torno das histórias de amor. Um livro juvenil, que me carregou para o meio do mundo, o vale da perdição, com ponte quebrada, casa mal assombrada e cães raivosos.

Os encontros, o beijo, a lua... e antes do final feliz, os desencontros, porque não há história boa de amor sem desencontros.

Quando se é feliz, perder a felicidade não é nada agradável me contou Adriana Falcão, escritora de Luna Clara e Apolo Onze. Por isso resolvi passar uma temporada com Madrugada, Doravante, Noctambulo, Pilhério, Imprevisto, Poracaso e toda essa turma, não para esquecer o buraco Brasil, mas para me lembrar do riso, beleza e leveza das histórias de quando se está aprendendo a amar.

E assim o olhar dele, puxou o dela de volta como se fosse um imã, e era um olhar que pedia “fica” enquanto ela pensava “nossa”. Foi um encontro enfeitado de coincidências.

O que ela tinha, ele queria.

O que ele queria, ela tinha.

“Passei a vida inteira atrás de uma chuva e quando encontro ela, encontro ele”

“ Passei a vida inteira atrás de um motivo pra querer e quando encontro ele, encontro ela”