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O caso de Henry Borel

  • Jessica Marzo
  • 12 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de abr. de 2021

Um médico eleito vereador no RJ espancou, no mês passado, seu enteado até a morte, um menino de 4 anos. Sua ficha, porém, já era suja: em 2014, sua ex-mulher registrou uma ocorrência policial por lesão corporal, comunicou que ele sempre foi violento e o acusou de tentar enforcá-la. Em 2019, vizinhos fizeram uma ligação à Central de Atendimento á Mulher e relataram xingamentos e barulhos de objetos sendo quebrados no apartamento da família. Em 2020, Dr. Jairinho foi eleito pelo partido Solidariedade com 16 mil votos.


Em depoimento ouvido este mês pela polícia uma ex-namorada do vereador, comovida com o caso da morte de Henry Borel, tomou coragem e relatou agressões sofridas por ela e sua filha pequena há mais de dez anos. A mulher afirmou que nunca denunciou por medo. Mulheres e crianças silenciadas pelo patriarcado, pelo machismo, pelo poder que exerce um homem branco, graduado e dono de um cargo publico.


Dr. Jairinho foi eleito pelo partido que carrega no nome a qualidade de solidário, do compadecimento ao sofrimento de outras pessoas. Para mim é tão significativo um homem, representante do povo pelo partido Solidariedade, espancar até a morte o filho pequeno de sua namorada.


Este homem, que faz questão de carregar o título de doutor no nome e ocupa uma cadeira pública, silenciou todas as mulheres e crianças agredidas há mais de dez anos, silenciou a babá, a psicóloga e a mãe do menino morto. Henry Borel, o menino de quatro anos, foi espancado até a morte por Dr. Jairinho, do Solidariedade (partido que desconsiderou as acusações feitas ao vereador e permitiu sua filiação) e pelos 16 mil eleitores que presentearam um agressor e assassino com um cargo publico.




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