Em 4 anos, 5 ministros da Educação

Em quase 4 anos do governo Bolsonaro, o Ministério da Educação teve cinco ministros diferentes. No período, verbas do MEC caíram pelo menos 13%, mesmo com aumento de arrecadação federal. Marcado pela dança das cadeiras e falta de rumos, o mais importante ministério do Brasil (junto com o da Saúde que enfrenta os mesmos problemas) é marcado por escândalo de corrupção e disputa entre aliados do governo.

O Ministério passou pelas mãos do Velez, autor da frase “universidade não é para todos”. Servidores do ENEM dizem que sofreram pressão para trocar, nas provas, a palavra ditadura de 64 por revolução de 64. Weintraub pediu a “prisão dos vagabundos do STF”. Carlos Dicotelli, afastado após 5 dias de cargo, por falsidade nas informações de seu currículo. Milton Ribeiro deixou o ministério após áudio vazado em que dizia liberar verbas da pasta por indicação de dois pastores, a pedido de Bolsonaro. Foi preso por tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas FNDE.

Dentro do ministério existe uma guerra ideológica e cultural entre os discípulos do guru Bolsonarista Olavo de Carvalho e os militares. Não tem ninguém ali preocupado com uma educação pública de qualidade. Dentro do Ministério tem disputas políticas entre o Centrão e os pastores. O que deu pra priorizar de fato na Educação nesses quase quatro anos de governo Bolsonaro? Escola cívico-militar? Ampliação da educação a distância? É essa a preocupação do Ministério?

É tão tão grave o que esta acontecendo com a Educação do nosso pais. As conquistas já são tão lentas, a transformação educacional só dá pra acontecer a longo prazo. São passos miúdos, que estava sendo feito, há mais de 25 anos, rumo a inclusão, e a qualidade de uma educação para todos. E vem um governo e bota fogo em tudo, persegue Paulo Freire, um educador referência, admirado e estudado no mundo todo.

Pelos meninos e meninas da Educação Pública do nosso país, precisamos derrubar esse governo. É urgente. No Brasil e em São Paulo.