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Meu bebê de 3 meses

  • Jessica Marzo
  • 1 de mar. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 24 de nov. de 2020

Há três meses tenho um bebezinho colado em mim. Meu cheiro, minha voz, minha pele é calmaria para Amora. Colo, muito colo. Sentir a pele, trocar temperatura, ouvir a respiração, adormecer junto. Acolhimento. Proteção! É só e tudo isso que ela precisa.


Pra dar o tanto de colo que os bebês demandam, é necessário abrir mão de tudo que estava organizado e estruturado no dia a dia. Se puder deixa a louça, a roupa, esqueça o secador de cabelo, nem pense em trabalho. Junto de seu bebê, abra a rede, leia um livro. Senta no sofá e assista um filme, deita na cama, ajunte-se e durma.


Quando nasce um bebê, a rotina, os projetos, o trabalho de uma mãe é interrompido. “Deixe tudo pra depois e vem ficar comigo, AGORA!”. O bebê exige que você viva o presente. Sua imprevisibilidade te força a desapegar do futuro. Nem adianta planejar as próximas horas, a madrugada, o dia seguinte. Tudo vira caixinha de surpresa. Troque a sua "produtividade" pela entrega ao seu bebê, deixe que ele te mostre os próximos passos, o caminho.


Aproveita que a vida te conectou com outra vida, que te deu a oportunidade de viver intensamente o sentido dos corpos. O toque, a batida do coração, a troca de olhar, o sorriso sincero. Quantas vezes no dia podemos ser humanos, sentirmos a outra pele, respirarmos juntos, trocarmos energia? Presa a um corpo, livre para me entregar, sentir, cheirar, amar, é assim que estou há três meses com minha Amora.


Ilustração: Guady Pleskacz

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