a quase inspiração
- Jessica Marzo
- 10 de set. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 18 de set. de 2024
Estou no meio do mato
As crianças me esqueceram (por alguns minutos)
Sozinha numa poltrona azul turquesa, desmancho meu corpo
Preciosos segundos
Céu azul
nuvens brancas se deslocam na frente de montanhas
Barulhinho de água porque tem uma cachoeira próxima
Cheiro de terra molhada
Aproximo a caneta ao papel
Cenário perfeito para escrever um singelo poema, haicai, uma frase de imensidão.
Observo os insetos voarem ao meu redor
Dou tapinhas no ar para afastá-los
As nuvens caminham sem pressa
Cheiro de mato
A água ao longe batendo nas pedras.
Um poema, haicai, uma frase de imensidão.
Silêncio
Dentro e fora.
Afasto novamente os insetos ao meu redor
O papel em branco
Ouço um barulho
É de dentro
Volto para o interior da casa no meio do mato e pergunto quem quer abrir o pacote de Doritos comigo

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